terça-feira, 16 de agosto de 2011

Convenções sociais

Como eu gostaria de poder impedir os males de caírem sobre ti, mas eu não posso. Eu não posso secar suas lágrimas, não posso te colocar no meu colo e te dizer que tudo vai ficar bem, ou, talvez fazer um chá, um chocolate quente ou um cappuccino se somente eu percebesse que você estava triste, mas eu não posso fazer isso.

As convenções sociais dizem que não convém de se ficar muito junto de você, se não poderia parecer outra coisa. Se eu te abraço pensam outra coisa, se eu te beijo pensam outra coisa, se você pega a minha mão pensam outra coisa, se você beija a minha mão ou coloca ela no teu braço pensam outra coisa! Começo a pensar para quê essas convenções foram criadas. Até mesmo se eu disser “eu te amo” vão pensar outra coisa! Será possível eu demonstrar carinho sem pensarem outra coisa?

Às vezes fico deprimida com essa convenção que nos impede de fazer tanta coisa! Começo a pensar que as convenções sociais foram feitas para nos proteger uns dos outros, mas acabaram por nos proteger uns dos outros, ou seja, embora eu sei que estou sendo redundante, certas convenções sociais nos afastaram uns dos outros como se todos fossem inimigos, e agora não existem mais convenções que nos digam o que fazer quando temos amigos, seja lá de que gênero sejam.

A Bíblia nos diz sobre saudar com o ósculo santo. Vai um homem beijar um outro homem no rosto! Com certeza vão pensar besteira! Mas isso é culpa das convenções sociais ou de quem as criou? Ao pensar nisso, me lembro das convenções que foram criadas no século passado, outras que aprendemos de nossos pais, outros criamos para a nossa própria proteção e acabamos por nos isolar do mundo exterior.

Mas não é culpa de quem as criou, é culpa de quem as usa. Uma das coisas que eu aprendi com a vida é que na psicologia apontamos nos outros os erros e defeitos que temos em nós mesmos. Se é assim, o maior culpado somos nós. Dizemos que tem coisa em todos os relacionamentos de amizade no momento em que nós pensamos assim, porque nós agimos assim. Para uma mulher que trai o seu marido, ser muito ciumenta é mais do que normal, já que ela o faz, então na mente dela é bem fácil o marido estar fazendo o mesmo!

Odiamos que o carro buzine atrás da gente quando estamos engarrafados no sinal, mas adoramos buzinar para o cara da frente na mesma situação. Até quando pensaremos que as pessoas são iguais a nós? Até quando, teremos que deixar de fazer coisas boas simplesmente por parecer mal aos olhos dos outros? Meus amigos, mesmo que não é o que a convenção nos diz, eu amo muito todos vocês do fundo do meu coração!!!

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